domingo, 15 de maio de 2016

Coragem para largar o emprego

Como já contei em posts anteriores, trabalhei vários anos numa empresa multinacional, com reputação, onde ganhava bem, tinha carreira, mas faltava-me a coragem para largar o emprego.
Coragem para largar o emprego

Razões para sair do emprego atual:

Tive todas as pressões que podes imaginar para não sair: carreira, dinheiro, falta de alternativas, pressão da família (marido e pais - muitas vezes com a frases: "Eu não saía, mas tu é que sabes o que é melhor para ti!...). Mas havia muitas razões para sair e eu numerava-as:

Eu não era feliz

Em primeiro lugar eu gastava de algumas coisas que fazia, gostava do trabalho com os clientes, da relação com os clientes, gostava do status que o emprego me dava, mas não gostava de como era sub-jogada e de como as coisas funcionavam. Não era Feliz.

Falta de tempo

Por muito que a empresa tentasse implementar medidas de conciliação de vida familiar e profissional, a verdade é que constantemente os eMails e as propostas aconteciam a qualquer das 24 horas do dia. E tinham que ser respondidas imediatamente. Mesmo que eu tivesse um evento particular importante, havia sempre o "frio na barriga" de à última da hora ter de dar a desculpa à família ou aos amigos "Ãh...vou chegar tarde ao jantar (se chegar - pensava eu - não porque eles não fossem as pessoas mais importantes da minha vida), porque o meu partner (sem respeito pelo meu horário privado) ainda precisa de mim, e estou a acabar uma proposta importante!"

Não me revia na chefia

Quando entrei naquela empresa, eu ambicionava ser como os partners. Ter a vida que eles tinham. Quando estava a ponderar sair, via que eles tinham uma vida ainda mais submissa que a minha, sub-jogada a interesses que nada tinham a ver comigo e com uma vida tão (ou mais) triste como a minha!.

Stress

Todos os dias, a todas as horas. Eu já não sabia se tinha stress porque não gostava do que fazia, se era a equipa que me fazia sentir assim, se eram os clientes que eram exigentes demais, se eram as carreiras. O que sei é que acordava e adormecia e não querer estar ali e com medo do minuto seguinte. 

Dar menos do que podia

Claramente com a desmotivação que me foi acontecendo, fui tendo a noção cada vez mais clara que estava a dar menos do que podia, menos do que sabia, menos do que devia.
Não estava a ser reconhecida pelo esforço adicional, então dava apenas o que me era exigido. E agradeciam-me de igual forma.
Foi nesta altura que percebi que tinha que mudar. "Eles" não estavam a ser honestos comigo e eu comecei a não ser honesta com "eles".

Eu não podia ser assim. Eu sou EU. Eu tinha de ser MELHOR! Agora só tinha que elaborar um plano...

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